Alienação Parental
A importância em respeitar as crianças no sentido de não influenciar negativamente a convivencia com genitores ou familiares
1/1/20252 min read
Alienação parental, o que é?
Alienação parental, também conhecida como SAP ou Síndrome da Alienação Parental, é o termo usado quando ocorre a manipulação psicológica, geralmente por parte de um genitor, com o intuito de provocar afastamento emocional de crianças e/ou adolescentes a outro genitor.
A Síndrome é considerada um distúrbio que tem como origem a disputa pela guarda dos filhos quando ocorre a separação dos cônjuges.
É considerado alienação parental qualquer interferência de um dos genitores na formação psicológica da criança ou adolescente, com a intenção de provocar repúdio ou aversão dos jovens ao seu outro genitor.
Este processo geralmente ocorre em divórcios e separações, quando a relação entre os pais se torna complicada ou delicada.
Como é possível identificar a alienação parental?
A identificação da alienação parental consiste em observar sinais como afastamento da criança ou adolescente com o genitor, criação de falsas lembranças, resistência da criança durante a convivência com o genitor, desqualificação do genitor alienado, ou também denúncias e alegações de abuso sem fundamento.
Dentre as formas possíveis de alienação parental, estão:
- Dificultar a convivência familiar;
- Provocar o afastamento da criança ou adolescente do outro genitor;
- Dificultar o exercício da autoridade;
- Omitir informações pessoais relevantes da criança ou adolescente, sendo essas escolares, médicas, ou alterações de endereço;
- Se mudar para locais distantes sem justificativa, visando afetar diretamente a convivência da criança com o genitor alienado, ou com a família;
- Apresentar falsa testemunha contra genitores ou familiares, com o intuito de criar obstáculos e afastamento da criança com o genitor alienado e a família.
Não são classificadas como alienação parental atitudes como:
- O estabelecimento de regras e limites, desde que seja feito de forma saudável;
- Proteger a criança em situações prejudiciais, desde que sejam situações necessárias;
- Demonstrar preocupações, com a saúde e bem-estar da criança;
- E promover valores e crenças, desde que não envolvam a desqualificação do genitor.
Quais as consequências da alienação parental?
As consequências da alienação parental são prejudiciais tanto para o genitor alienado, como também, principalmente, para a criança ou adolescente. As consequências possíveis podem incluir:
- Problemas emocionais como ansiedade, baixa autoestima ou até depressão;
- Problemas de comportamento como rebeldia, dificuldades escolares e agressividade;
- Desenvolvimento de falsas memórias, fazendo com que o jovem internalize as falsas memórias que foram criadas pelo genitor alienador, afetando a percepção de realidade e causando confusão emocional;
- Impactos em relações familiares além da relação entre genitor alienado e a criança ou adolescente, afetando as relações familiares mais amplas;
- Dificuldade em confiar nos outros e desenvolvimento de desconfiança, afetando a capacidade em manter relacionamentos saudáveis
Quais as consequências para o alienador?
A Lei nº 12.318/2010 define a alienação parental e aponta algumas formas que pode ocorrer. A lei estipula claramente “Havendo indícios de alienação dos pais, o procedimento terá prioridade. O juiz determinará com urgência as medidas necessárias, ouvido o parecer do Ministério da Administração Pública”, com a intenção de preservar a integridade psicológica da criança ou adolescente, tentando garantir a convivências com os pais e tentando alcançar a harmonia entre eles, o quando antes.